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Tamanho do seio não interfere na amamentação; especialista fala de mitos sobre esse tema

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Tamanho do seio não interfere na qualidade da mamada (Elis Freitas Fotografia)
Tamanho do seio não interfere na qualidade da mamada (Elis Freitas Fotografia)

A amamentação é cercada de mitos que só atrapalham a mãe que ainda está aprendendo a alimentar o bebê. Para ter sucesso na amamentação a mulher precisa de informações corretas e confiáveis.

Para desmistificar alguns conceitos que costumam ser passados de geração para geração, o Maternar pediu ajuda ao pediatra Moises Chencinski, criador do movimento #euapoioleitematerno.

Um dos mitos mais antigos é que diz que existe leite fraco. “Não tem leite forte nem leite fraco. O leite materno é sempre adequado. É importante que a mãe entenda a técnica e características que fazem com que criança necessite mamar mais naquele momento. Isso acontece e passa para mãe ea falsa ideia de que está com leite fraco”, afirma o pediatra.

Chencinski fala sobre mitos e dúvidas relacionados à amamentação; leia abaixo:

Existe leite fraco?

“Recebi uma frase interessante: não existe leite fraco, existe palpite ruim. O leite materno é preparado da forma adequada e é considerado um alimento vivo, que se transforma do começo para o final da mamada, do começo para o fim do dia, e através dos dias, para oferecer para cada criança o que ela precisa naquele momento.”

Mães com prótese de silicone conseguem amamentar?

“As técnicas mais adequadas colocam a prótese atrás do músculo peitoral, de forma que não entre em contato com as glândulas mamárias e não interfiram na amamentação. Numa situação habitual, com uma técnica adequada, não há problema na amamentação.”

Seio murcho prejudica a amamentação?

“Seio materno não é depósito, é fábrica de leite. De 60% a 70% do leite é produzido durante a mamada. Não é o tamanho do seio que determina quanto se mama. Veja casos de mães orientais, elas têm o seio pequeno e costumam amamentar por um período prolongado.”

É preciso alternar os seios durante a mamada?

“A mãe deve oferecer os dois seios em cada mamada. Mas quem determina se vai aceitar um ou os dois seios é o bebê. Começa oferecendo o primeiros seio, em livre demanda, em uma mamada eficaz. Quando o bebê começa a diminuir o ritmo e a soltar o seio, coloca para arrotar e oferece o segundo seio na mesma mamada. Se aceitar, ótimo. Na próxima começa pelo último seio da mamada anterior. Se a mamada for muito curta, pode oferecer o mesmo seio que deu na última vez. Essa mamada [curta] foi uma complementação de água ou necessidade de aproximação. Não  é para alternar, é para oferecer as duas mamas em cada mamada.”

Tenho de esvaziar uma mama antes de oferecer a outra?

É muito difícil esvaziar uma mama. Não tem medidor de quanto leite tinha e quanto ficou. Não vai determinar pelo tempo de mamada, pela potência de mamada. Antes da mamada pode segurar o seio e ver o peso. E  depois de mamar comparar. É importante oferecer o outro seio quando o bebê para de mamar de forma eficaz e a mãe põe para arrotar.

Mulheres com seio grandes podem sufocar o bebê enquanto amamentam?

“Existem várias posições adequadas para amamentar:  a tradicional, a invertida, a cavaleiro, a deitada, e uma que se chama laid back position, em que a mãe fica deitada a 45º e o bebê fica relaxado sobre ela. Para quem tem seio muito grande, a primeira necessidade é que a mama fique macia, pois se ficar muito túrgida o bebê terá dificuldade de pegar a auréola. Não pode pegar mamilo, não é no mamilo que se faz a sucção. Antes, a mãe esvazia um pouco para pegar a mama de forma mais macia. As posições cavaleiro e inclinada são as mais apropriadas para que tem seio muito grande ou a mama muito túrgida.”

A mãe que amamenta não fica grávida?

“Enquanto a mãe amamenta ela pode até não menstruar. Mas isso não significa que ela não ovula. A amamentação não pode ser usada como método anticoncepcional.”

O estresse afeta a produção de leite?

“A produção do leite é um fenômeno neuroendócrino-psicológico. Se passar por um momento sem apoio da família, sem apoio profissional, um momento de tristeza ou depressão, a produção de leite pode ser afetada temporariamente. Mas com o reconhecimento precoce do problema, pedido de ajuda, informação, avaliação médica, e apoio em bancos de leite, a produção pode ser restabelecida.”

Quem fez redução de mama pode ter dificuldade para amamentar?

“Essa dificuldade é sentida por mulheres que tiveram perda do tecido mamário. Alguém que fez cirurgia de redução de mama por motivo estético ou por câncer. Isso reduz a chance de amamentação. Mas é possível. Existem relatos de mulheres mastectomizadas de um lado que conseguiram amamentar com o outro seio. O importante é sempre pedir ajuda e receber orientação adequada para oferecer o leite materno da melhor forma possível.”

É verdade que chupeta e mamadeira atrapalham?

“O ideal é não usar nem chupeta nem mamadeira. Além de dificultar no futuro a mastigação e  respiração, na fase inicial pode causar confusão de bicos. Existe uma dinâmica diferente da mamada do seio da mamadeira. O uso do bico sem necessidade faz com que, quando se tenta voltar o bebê ao seio o bebê, ele tenha dificuldade de sugar. Com isso aumenta a chance de desmame. Há uma cultura de usar chupeta e mamadeira quando o bebê chora e a mãe não sabe como acalmá-lo. O pediatra pode esclarecer o risco de desmame e ensinar formas de minimizar, como trocando a mamadeira pelo copinho.”

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